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Críticas 2015



Love - Discutindo a relação em 3D
(Por Alexandre Arroyo)



O filme Love 3D, do diretor Gaspar Noé, deu o que falar no Festival de Cannes de 2015 e chegou ao Brasil com surpreendente rapidez. Também pudera, Love foi descrito como "O primeiro filme erótico cult em 3D". Quem não sentiria um mínimo de curiosidade ao se deparar com uma descrição dessas?

Love = Erótico + Cult + 3D

Erótico

Apesar das cenas de sexo dominarem boa parte da narrativa e algumas delas serem explícitas, o maior interesse do diretor está mesmo em discutir a relação dos protagonistas e conseqüentemente discutir as relações amorosas em geral, uma vez que as situações, sentimentos e questionamentos que envolvem os personagens já foram ou serão experimentados pela maioria de nós em algum momento de nossas vidas. Até mesmo algumas das fantasias eróticas que os protagonistas ousam concretizar, se não foram experimentadas na prática, podem pelo menos já ter passado pela cabeça de quem assiste ao filme.

Como Love foi proibido para menores de 18 anos, dificilmente encontraremos alguém entre os espectadores que ainda não tenha vivido uma grande paixão ou que não tenha sofrido pelo fim de um relacionamento ou mesmo que não tenha desejado realizar uma fantasia erótica mais picante, razão pela qual o público deve se identificar bastante com o filme. E para os casais que forem assistir, segue um aviso: a pressão para discutir a relação após o término da sessão será grande.

Outro aviso: embora seja recheado de cenas de sexo, algumas explícitas, Love não é um filme pornô. Apesar do cuidado nos enquadramentos e da exposição de corpos nus, o filme excita mais a nível intelectual (pelos questionamentos que propõe) do que a nível físico.

Cult

Considero um certo exagero dar ao filme o status de cult. É um filme interessante, com uma pegada autoral, mas não sei se ele provocará a mesma polêmica que outros filmes cultuados do gênero erótico, tais como "O Último Tango em Paris" ou "O Império dos Sentidos" provocaram em suas respectivas épocas de lançamento. Mas pelo menos o título de "primeiro filme erótico em 3D", ninguém poderá lhe tirar.

3D

Bem, eu já tinha visto muitas coisas sendo arremessadas na minha direção em filmes 3D, mas acompanhar uma ejaculação tão de perto, na tela do cinema foi a primeira vez. De resto, tive a impressão de que a utilização desse recurso não fez muita diferença no resultado final do filme (em que se pese a projeção ruim da sala onde assisti ao filme, pois a imagem estava bastante escura). Creio que a utilização desse recurso tenha sido mais um chamariz para atrair o público.

Longo (135 minutos de duração) e narrado de forma lenta e não linear, Love é um filme que tem jeito de cinema alternativo, mas que por tratar de sexo deve chamar a atenção também do público de cinema comercial.

Avaliação: Bom. Nota: 8/10.

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Homem Irracional - Um Woody Allen despretencioso, mas prazeroso
(Por Alexandre Arroyo)



Em seu novo filme Homem Irracional o cineasta Woody Allen visita o gênero policial, investindo em uma trama simples mas bem amarrada.

O objetivo do diretor não é criar suspense e nem algo do tipo “quem matou?”, até porque nada é ocultado. O espectador sabe quem matou, como e porque. Allen quer simplesmente contar uma história, introduzindo nos diálogos os seus habituais questionamentos de caráter existencial, que dessa vez são proferidos principalmente pelo protagonista Abe, um professor de filosofia depressivo e descrente que passou por várias situações ruins na vida.

Famoso no meio acadêmico, Abe é convidado para lecionar em uma pequena cidade dos Estados Unidos e já chega ao local cercado de expectativas. Não demora muito para que ele se envolva com uma colega de trabalho e depois com uma aluna, que se encantam pelo recém-chegado apesar do seu negativismo.

A vida de Abe segue sem rumo até o momento em que ele ouve uma conversa em uma lanchonete e essa conversa o inspira a planejar um assassinato. A partir daí o filme se transforma numa trama policial, que o diretor conduz com leveza e fluidez (reparem como a trilha sonora é sempre alegre), contando também com as boas atuações do elenco.

Um pequeno detalhe chama a atenção: o fato de uma das personagens insistir o tempo todo em se mudar para a Europa e comentar num certo momento que gostaria de ir para a Itália, Espanha ou Inglaterra. Creio que podemos interpretar esse comentário como sendo uma referência do diretor à sua própria obra, já que alguns de seus últimos filmes foram realizados justamente nesses países: Para Roma, Com Amor (Itália), Vicky Cristina Barcelona (Espanha) e Ponto Final: Match Point (Inglaterra).

Mesmo que Homem Irracional esteja entre os seus trabalhos mais despretenciosos, ele vem confirmar que assistir a um filme de Woody Allen continua sendo uma experiência prazerosa e por isso mesmo já fico aguardando o seu próximo projeto, ainda sem título, que contará com Kristen Stewart, Jesse Eisenberg e Judy Davis no elenco.


Avaliação: Bom. Nota: 8,5/10.

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Um Pouco de Caos - Drama de época dirigido pelo ator Alan Rickman
(Por Alexandre Arroyo)



Sempre interessado por filmes de época, fui assistir ao drama romântico Um Pouco de Caos assim que ele estreou.

Resumindo a história: o rei Louis XIV encomenda ao paisagista André Le Notre e a sua assistente, a jardineira Sabine De Barra uma grande obra nos jardins do Palácio de Versalhes. No decorrer dos trabalhos os dois profissionais acabam se envolvendo.

O fato do filme ter sido dirigido pelo ator inglês Alan Rickman despertou em mim uma mistura de curiosidade e receio, algo que costumo sentir sempre que vou conferir trabalhos de atores ou atrizes que num determinado momento da carreira decidem passar para o lado de trás das câmeras. Pois nessa nova função eles podem se revelar tanto cineastas incríveis como diretores medíocres.

No caso de Alan Rickman e o seu Um Pouco de Caos eu diria que o resultado foi mediano. Se por um lado ele se esforça para fazer um filme bonito, com uma produção bem cuidada, incluindo aqui e ali detalhes que mostram como vivia e como se comportava aquela pequena corte de nobres cheia de privilégios, por outro ele acaba tropeçando na falta de ritmo da narrativa e também por demonstrar pouca habilidade no desenvolvimento dos personagens, que no geral se mostram pouco envolventes.

Mas Um Pouco de Caos não é um filme ruim e embora ele não desperte grandes emoções, pode ser uma opção interessante para os apreciadores desse gênero de filme, que está cada vez mais escasso nas telas dos cinemas.

Avaliação: Regular. Nota: 6,5/10.

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